Mateus Vargas e Julia Chaib
Brasília, DF
O PL, partido de Jair Bolsonaro, divulgou nesta quarta-feira (28), quatro dias antes do primeiro turno das eleições, um documento com questionamentos à segurança das urnas eletrônicas.
O relatório foi apresentado no momento em que a legenda dá sinais divergentes sobre o pleito, e que Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto a presidente, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto Bolsonaro tem repetido ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, faz acenos à corte. Ele esteve com Alexandre de Moraes na terça-feira (27) e, no dia seguinte, disse que não há “sala secreta” de apuração dos votos, ao contrário do que afirma o mandatário.
Chamado de “resultado da auditoria de conformidade do PL no TSE”, o documento tem duas páginas e afirma que “o quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)” gera “vulnerabilidades relevantes” e pode resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais. “Com grave impacto nos resultados das eleições”, diz ainda partido.
A existência do documento havia sido noticiada pela Veja. O papel foi divulgado à imprensa na tarde desta quarta-feira (28) pelo deputado Capitão Augusto (PL-SP).
Os partidos políticos podem fiscalizar as eleições. O PL contratou equipe comandada pelo engenheiro Carlos Rocha para este trabalho.