O desaparecimento de uma família no Distrito Federal pode estar relacionado a questões financeiras, segundo o delegado Ricardo Viana, titular da 6ª Delegacia de Polícia Civil do DF. De acordo com o agente, os dois suspeitos presos na terça-feira, 17, teriam sido contratados Thiago Belchior e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, marido e sogro de Elizamar da Silva.
Segundo um dos suspeitos presos pela PCDF, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, ele e o outro suposto envolvido Gideon Batista de Menezes foram contratados pela dupla. Durante a interrogatória, ele ainda contou detalhes sobre a motivação e como o crime foi executado. Fora que os dois suspeitos ainda receberiam cerca de R$ 100 mil pelos crimes.
“Elizamar seria trazida para a região do Paranoá, onde montariam um casinha para colocar ela em cárcere privado. Eles iriam subtrair valores da conta dela e depois a matariam”, disse o delegado, em coletiva de imprensa, explicando o depoimento do suspeito. “Só que a vítima chegou no local com os três filhos e diante disso, todos foram amarrados e eles saíram do DF. Quando chegaram em Cristalina, eles sufocaram as vítimas e atearam fogo no veículo, Inclusive o Thiago teria sufocado um dos filhos”, completou.
Além de Thiago, que estava interessado em uma quantia de dinheiro não especificado da esposa, o pai Marcos Antônio também tinha outros interesses. Ele desejava R$ 400 mil reais da sua companheira, Renata Belchior, provenientes de uma venda de imóvel.
Dessa forma, antes das mortes de Elizamar e dos filhos, a esposa de Marcos Antônio, e a filha, Gabriela Belchior, também foram sequestradas. As duas foram mantidas em cárcere privado por cinco dias, em Planaltina (DF). Depois, sem sucesso em obter os valores, elas também tiveram o mesmo fim da cabeleireira.
A força tarefa da Polícia Civil, incluindo agentes do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, agora trabalha para localizar o paradeiro de Thiago Belchior e Marcos Antônio Lopes de Oliveira. Os policiais ainda estão investigando a possibilidade de mais pessoas envolvidas nos crimes.