A onda de crimes em cidades do Rio Grande do Norte é mais um capítulo da recorrente violência empreendida pelas facções criminosas que atuam no Estado nordestino.
Há pelo menos dez anos, dois desses grupos, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime, promovem um conflito bélico e mortífero pelo controle de territórios e de atividades criminosas, uma “guerra silenciosa” que já vitimou milhares de jovens potiguares.
Nesta quinta-feira (16/3), a população viveu mais um dia de violência nas ruas, o terceiro consecutivo. Atentados foram registrados em 39 cidades nos últimos três dias.
Ônibus e caminhões foram incendiados. Em Natal, a circulação de ônibus e trens foi suspensa. O atendimento da coleta de lixo e de unidades de saúde foi interrompido e universidades, escolas e comerciantes fecharam as portas com medo de ataques.
A recente onda de violência fez com que a governadora Fátima Bezerra (PT) pedisse auxílio da Força Nacional, que enviou 180 profissionais ao Estado. Segundo a Polícia Militar, 68 pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido até a noite dessa quinta-feira, todos sob suspeita de terem participado dos atentados.