O Banco Central cortou hoje (2/8) os juros básicos da economia (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano, após repetida queda da inflação. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava um corte de 0,25 ponto. Cinco membros do Comitê de Política Monetária (Copom), incluindo o presidente do BC, votaram pela maior redução, enquanto quatro votaram pelo corte menor.
Em agosto de 2020, o BC reduziu a Selic de 2,25% para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica desde 1986. Contudo, por causa da alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis, a Selic foi elevada 12 vezes consecutivas e permaneceu em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Impacto econômico
A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia, pois juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. O mercado projeta crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,24% em 2023, acima da previsão do BC de 2%.
Em suma, a decisão do BC de cortar a Selic reflete a tentativa de equilibrar a necessidade de estímulo econômico com o controle da inflação. A medida deve ter um impacto significativo na economia brasileira, com implicações diretas no crédito, produção e consumo.