Nos dois primeiros dias da 15ª Cúpula do Brics, o governo brasileiro deu demonstrações de que tenta se equilibrar ante a força que a China exerce sobre o grupo e aos temores de que o bloco criado em 2006 como uma alternativa à atual ordem global passe a ser visto como um grupo que se oponha frontalmente a ela.
Nesta quinta-feira (24/8), foi confirmado oficialmente o processo de expansão do bloco.
O presidente da África do Sul, anfitrião da 15ª cúpula do bloco, anunciou que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia foram "convidados" a entrar no grupo como membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024.
O termo "convite", segundo diplomatas, é uma formalidade técnica, uma vez que os países anunciados já haviam demonstrado interesse em entrar no bloco.
O Brics é o grupo hoje formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Inicialmente, o bloco se uniu com base no fato de serem países com economias emergentes localizados no chamado Sul Global — termo usado para designar países em desenvolvimento localizados no hemisfério sul.