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Quando progressistas, liberais e conservadores se juntam, o Brasil fica melhor

Publicada em 19/02/24 às 00:06h - 10 visualizações

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Quando progressistas, liberais e conservadores se juntam, o Brasil fica melhor
 (Foto: Rádio Rir Brasil - Brasília - Direção: Ronaldo Castro 61 99808 5827)

Eleições municipais deste ano podem retomar pactos que marcaram outros pleitos em Goiás e no Brasil

Marcus Vinícius de Faria Felipe

 

O inesquecível escritor Ariano Suassuna dizia:

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”

Esta expressão pode embasar os tempos atuais. Os quatro anos de política de ódio e violência emanadas do Poder Central, pelo ex-presidente que é agora investigado por tentativa de Golpe de Estado, afastou a civilidade política do centro das decisões e em seu lugar colocou a intolerância e o radicalismo.

Mas para tudo tem jeito. E o Brasil é bom de exemplos neste sentido.

Há oito anos entrevistei o ex-deputado federal Tarzan de Castro, quando do lançamento do seu livro: “Vida, Lutas E Sonhos” (Editora Kelps), que narra sua trajetória como líder estudantil nos anos 1950, sua militância nas Ligas Camponesas e no PC do B, a passagem pelo governo Mauro Borges (1961-1965), a prisão na ditadura, o exílio,  a volta ao Brasil com a Anistia (1979), e as suas eleições a deputado estadual (1982) e federal (1986).

Na conversa cutuquei Tarzan sobre a dobradinha que fez com o ex-governador Irapuam Costa Júnior, que foi candidato a deputado federal nas eleições que levaram Iris Rezende Machado (PMDB) ao governo do Estado em 1982.

Constituição Cidadã: vitória dos democratas

Tarzan disse que havia muita resistência à vinda de Irapuam ao PMDB, uma vez que ele havia sido governador pela Arena, nomeado pela ditadura militar no governo do General Geisel (1974-1979). Naquele momento, no entanto, Tarzan, um sobrevivente da repressão política, saiu em defesa da filiação, e explicou o por que da sua posição:

“Estávamos buscando fortalecer o campo democrático para derrotar a ditadura. Se Irapuam estava rompendo com o regime militar e se juntando a nós do PMDB para eleger um governador que era também um político que foi cassado pela ditadura, por que eu seria contra?! Entendi que naquele momento era preciso juntar o maior número de lideranças do nosso lado para derrotar de vez o arbítrio”, pontuou.

Eis que Tarzan de Castro estava certo. E foi com muito “intindimento” que Iris Rezende trouxe não só Irapuam, mas outros líderes da Arena como Naphitali Alves e Helenês Cândido, respectivamente prefeito e ex-prefeito de Morrinhos, e o jovem vereador Maguito Vilela, de Jataí, que seria depois eleito deputado estadual (1982), federal (1986), vice-governador (1990) e finalmente governador (1994) e senador (1998) pelo PMDB.

Tarzan, das Ligas Camponesas e Irapuam, da tecnocracia do regime militar encontraram-se em 1982 na reconstrução da democracia

Este espírito de concertação nacional permitiu que a minúscula bancada de progressistas conseguisse dialogar na Constituinte (1988) com o poderoso Centrão, comandado pelo deputado conservador Roberto Cardoso Alves (PDC). Deste diálogo entre esquerda e direita, mediado pelo centrista Ulysses Guimarães (PMDB), surgiu uma Constituição Cidadã.

Cito estes exemplos para dizer que momentos de crise só podem ser superados por políticos com espírito aberto, que entendem que o jogo da democracia é jogado na adversidade, buscando o entendimento entre os diferentes para que se estabeleça o equilíbrio.

Pouca gente se lembra que nas eleições de 1992, em Goiânia, o professor Darci Accorsi (PT) teve o apoio, no segundo turno, dos  deputados conservadores Ronaldo Caiado (PFL) , Vilmar Rocha (PFL) e Silvio Paschoal, que naquele momento queriam impor uma derrota ao PMDB, o partido hegemônico de então.

Em 1994, foi a vez do mesmo Darci Accorsi seguir orientação do presidenciável Luis Inácio da Silva (PT) e apoiar no segundo turno a eleição de Maguito Vilela (PMDB). Em 1998, também no segundo turno, todo o campo progressista (PT, PC do B, PSB, PDT, PPS, PV, PMN, PSTU) depositou votos na eleição do jovem candidato a governador Marconi Perillo (PSDB).

O programa “Cadeira de Barbeiro” na campanha de 1985, aproximou Darci e o PT de setores liberais

Na eleição que levou o sociólogo Fernando Henrique Cardoso à presidência da Repúbica (1994),  a união entre os sociais-democratas do PSDB, os liberais do PFL e o centrista PMDB, estabilizou o país com Plano Real, lançado pelo presidente Itamar Franco (PMDB), um moderado de perfil nacional-desenvolvimentista.

Com Itamar (1993_1994), e depois com FHC, (1994-2002) o país virou a página da hiperinflação e do desgoverno de Fernando Collor de Mello (PRN), que foi tirado da presidência no impeachment em 29 de dezembro de 1992.

Itamar Franco e FHC: dobradinha que livrou o país da hiperinflação

Ao aceitar a vice de Lula (PT) em 2002, o empresário José Alencar (PL) ajudou a forjar uma aliança entre Trabalho e Capital, que promoveu um governo desenvolvimentista, que consolidou os ganhos da estabilidade econômica e fez o país crescer e distribuir renda. Neste pleito de 2022, Lula outra vez repete a parceria Trabalho e Capital com o seu vice, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB).

Lula e Alckmin, Capital e Trabalho juntos para desenvolver o Brasil

Tarzan de Castro, com o seu depoimento, ensinou que não se busca atestado ideológico de eleitor, e nem se montam chapas majoritárias vitoriosas sem agregar apoios daqueles que pensam diferente, mas que aceitam por o antagonismo de lado em favor de um projeto que promova o bem comum.

As eleições municipais de 2024 têm aspectos que exigem a compreensão que os democratas dos anos 1980, 1990 e início deste século XXI tiveram para fazer o país avançar rumo a construção de uma democracia sólida, com uma Constituição Federal humanista, que enterrou a maior parte do entulho autoritário.

Tarzan e Irapuam continuam pensando diferente, mas se respeitam e continuam tendo uma convivência harmoniosa.

É com este mesmo espírito que muitos que apoiaram o governo do presidente Jair Bolsonaro deixam para trás os arroubos do ex-capitão. Haverá nestas eleições de 2024 muitas alianças entre progressistas, setores de direita, centro-direita, liberais e conservadores.

Adriana e Gomide dialogam com todas as forças políticas nesta pré-campanha

Em Anápolis muitas lideranças com perfil conservador já estão apoiando a candidatura do deputado Antônio Gomide (PT), entendendo que o seu retorno à prefeitura do município será benéfica para cidade mais industrializada de Goiás.

O mesmo acontece em Goiânia, com a candidatura da Delegada Adriana Accorsi (PT), que também dialoga com setores empresariais e políticos de viés conservador e liberal. E já há também Goias afora, um tanto de alianças nos municípios, entre PT e União Brasil, PT e MDB, PT e PSD, PT e Republicanos ou PT e PP.

Na hora do voto, o eleitor olha menos nos rótulos e mais no projeto e na competência dos candidatos. É por isso que as eleições de 2024 tendem a produzir novos consensos para o avanço do país.

 




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