Referência nacional em arquitetura, entre outras áreas, o Distrito Federal tem buscado consolidar-se, também, no comércio internacional. Segundo dados do Ministério da Economia, o valor exportado pela indústria brasiliense se encontra em curva ascendente há pelo menos cinco anos. O total vendido por empresas locais a mercados estrangeiros, entre janeiro e outubro de 2019, foi de US$ 132,7 milhões. No mesmo período deste ano, está em US$ 228,4 milhões, um aumento de 72,11%.
Para fomentar o acesso a mercados de outros países, o empresariado de Brasília tem implementado ações, como o Exporta-DF, lançado em 2024 pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) O Correio conversou com especialistas e gestores de companhias da região que buscam fazer negócios além das fronteiras brasileiras.
Maurício Bento, mestre em economia e professor da Hayek Global College, classificou o desempenho comercial candango em nível internacional como excelente. "Elevar as exportações é essencial para que as empresas do DF ganhem escala, produtividade e gerem, portanto, empregos de maior qualidade para a população." apontou.
Leandro Barcelos, gerente de comércio internacional da BMJ Consultores Associados, apontou que o comércio exterior é uma realidade cada vez mais próxima, mas que a inserção deve ocorrer de forma planejada e segura. "Exportar é um processo contínuo, que envolve a construção de redes de relacionamento, adaptação ao mercado-alvo e constante acompanhamento das políticas comerciais internacionais. Por isso, é essencial que os produtores conheçam seus diferenciais no comércio internacional e planejem suas operações estrategicamente a longo prazo", orientou.
Larissa Moraes é dona da marca de joias Larissa Moraes Jewelry, surgida em 2020. Ela, que começou expondo suas peças nas redes sociais, acabou se inscrevendo em renomados concursos da categoria mundo afora. Ganhou ouro no A' Design Award, prêmio internacional de design, e, mais tarde, foi vencedora em outras 13 premiações, o que fez com que ganhasse destaque no mercado estrangeiro. A partir disso, passou a encarar o que considerou "um bicho de sete cabeças": a exportação.