Um pastor de 53 anos sofreu uma tentativa de linchamento por moradores de Valparaíso (GO), nesta quarta-feira (22/1). O motivo da revolta popular contra o pastor seriam mensagens de cunho sexual trocadas com menores de idade em um grupo de WhatsApp.
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No dia da tentativa de linchamento, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) esteve no local para atender a ocorrência. Os moradores informaram às equipes da polícia que o homem estava escondido em uma igreja no bairro Cidade Jardins. Os policiais efetuaram a busca no local, porém, não o encontraram.
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Segundo nota emitida pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), o pastor é investigado por “supostas mensagens de assédio contra menores em grupos de WhatsApp” desde o fim do ano passado. A denúncia foi efetuada em 22 de dezembro de 2024, pela mãe de uma das crianças, de 10 anos, que estaria no grupo. Segundo a acusação, o pastor se passava por uma adolescente de 14 anos para enviar mensagens de cunho sexual.
Ao Correio, moradores da região, que peferiram não se identificar, contaram que na terça-feira (21/1), um dia antes da tentativa de linchamento, um grupo de pessoas queimou as roupas do homem e ameaçou agredir a esposa do pastor, acusando-a de ser cúmplice dos crimes cometidos por ele.
Em um grupo de WhatsApp, moradores trocaram mensagens sobre o ocorrido. O Correio teve acesso a um áudio em que uma moradora alerta a vizinhança, afirmando que o suspeito tem, em seu histórico, acusações por outros crimes envolvendo pedofilia. Além dessa investigação, que segue em sigilo, o pastor já foi denunciado por aliciamento de menor e importunação sexual.
Moradores informaram ao Correio que o homem sempre estava acompanhado por crianças da região. O pastor também realizava passeios com seu cachorro para fazer contato com crianças.
Mensagens
O Correio teve acesso a prints de conversas de WhatsApp que mostram as supostas mensagens enviadas pelo pastor. Confira:
Em outras mensagens enviadas, o pastor tenta convencer uma das meninas a iniciar uma conversa fora do grupo. "Chama no privado nois fica mais dboas conversa sobre tudo kkk (sic)".
A PCGO confirma que o pastor está sendo investigado desde o fim do ano passado, quando uma mãe realizou a denúncia. Ainda segundo informações da PCGO, o caso está sendo investigado, sem confirmação de flagrante delito, e as ocorrências registradas são investigadas sob sigilo. A apuração da autoria dos crimes denunciados é realizada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) em Valparaíso de Goiás.
* Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho