O vendedor ressalta que encontra dificuldades para sustentar a família quando a movimentação na feira é baixa. A renda do casal baixou recentemente, depois de uma queda nas vendas e, por isso, Maik busca alternativas. "Quero um emprego com carteira assinada, para conseguir criar meu filho e sustentar a casa", deseja.
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), Thales Mendes Ferreira afirma que a pasta conseguiu perceber uma relação muito próxima entre o alto índice de informalidade e a baixa capacitação profissional. "Principalmente a partir do momento em que os jovens saem do ensino médio e esse é o perfil do maior número de desempregados no DF", observa. "Percebemos que a informalidade é por falta de qualificação por parte desse público. Com isso, as pessoas buscam alternativas de caráter informal para serem inseridas no mercado de trabalho", acrescenta.
O secretário afirma que programas oferecidos pelo governo, como o QualificaDF, fazem com que a população se torne bons empregados e ocupe as oportunidades de mercado que são ofertadas. "Quanto maior o nível de qualificação profissional da população, principalmente a desempregada, mais alcançaremos uma diminuição da informalidade no DF", ressalta.
Para o doutor em direito do trabalho e professor do Unieuro Rodrigo Espiúca, a informalidade tem como principal consequência a falta de estabilidade. "Diferentemente do que acontece com quem trabalha de carteira assinada, o indivíduo que está na informalidade não tem acesso a uma estrutura que lhe proporcione estabilidade na atividade profissional", pontua (leia mais em Três perguntas para).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera informais os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, os trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, os empregadores sem registro no CNPJ, os trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares.
Fonte: IBGE