A seleção feminina mais experiente que o Brasil já montou, com idade de 27,5 anos de média, começa sua jornada na busca do inédito título mundial no futebol feminino na próxima segunda-feira (24), às 8h, na Copa do Mundo 2023, que acontecerá em duas sedes, Austrália e Nova Zelândia.
Entre as 23 convocadas pela técnica sueca Pia Sundhage, que comanda a seleção brasileira, sete nasceram em São Paulo, três em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro. Distribuição que mostra o Sudeste como região que mais forneceu jogadoras ao grupo do Brasil.
Em seguida, aparece o Nordeste, com seis convocadas, distribuídas entre Alagoas (2), Maranhão (2), Bahia (1), Piauí (1), Pernambuco (1) e Rio Grande do Norte (1). Do sul, vieram apenas duas convocadas, uma do Paraná e outra do Rio Grande do Sul. Nenhuma jogadora nasceu no norte do país. A volante Angelina nasceu nos EUA.
Marta, a grande estrela do Brasil, com 186 convocações, chegou na Oceania para disputar sua sexta Copa do Mundo. Ela é a recordista em participações e vai para a competição com 37 anos, integrante mais velha da seleção. Na outra ponta, a estreante Lauren, com 20 anos, é a atleta mais jovem da equipe.
Ao todo, nove jogadoras brasileiras convocadas para a Copa do Mundo atuam nos EUA, sendo três no Orlando Pride, clube que tem Marta como principal referência. Sete atletas que disputarão o campeonato jogam no Brasil, sendo quatro do Corinthians, e outras seis competem na Espanha.
Uma das apostas do comando técnico da seleção é que o preparo físico das atletas que jogam nos EUA e na Europa deem ao Brasil o fôlego necessário para competir com as grandes seleções.
Há um consenso no comando do Brasil de que, nas Copas anteriores, o país sucumbiu ao cansaço nas eliminações, tomando gols importantes no final das partidas. Em entrevista ao Charla Podcast, em janeiro deste ano, a atacante Giovana Crivelari, atacante do Flamengo que apareceu em convocações para jogos preparatórios para a Copa do Mundo, mas que ficou de fora da lista final, comentou a diferença entre a preparação física no Brasil e fora do país.
“É diferente. Lá, elas tem mais força, elas treinam mais a parte técnica também, conta muito. No meu primeiro treino lá (Europa), eu morri, parecia que eu nunca tinha jogado bola. Em um treino pré-jogo, na véspera de um jogo, eu achava que o jogo tinha sido cancelado, por conta da intensidade. Isso porque eu estava no Levante, mas joguei contra o Barcelona e Real Madrid e elas são muito fortes. Quando eu voltei ao Brasil, senti muita diferença”, afirmou Crivelari.
Entre as convocadas brasileiras, doze atletas já disputaram a Copa do Mundo e onze são estreantes. O Brasil teve seu melhor resultado em 2007, quando foi vice-campeão, perdendo a final para a Alemanha, no auge de Marta, que foi artilheira da competição e eleita melhor jogadora do mundo naquele ano.
Nas últimas duas edições da Copa do Mundo, 2015 e 2019, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final, para Austrália e França, respectivamente. Em 2011, outra eliminação para as australianas, mas nas quartas de final.
Agora, em 2023, o Brasil está no Grupo F, junto com Panamá, Jamaica e França. Ao lado das francesas, é favorito para chegar às oitavas de final.
Confira a agenda dos jogos brasileiros:
As 23 jogadoras brasileiras:
Goleiras: Letícia Izidoro (Corinthians), Bárbara (Flamengo) e Camila (Santos);
Defensoras: Antônia (Levante), Bruninha (Gotham FC), Kathellen (Real Madrid), Lauren (Madrid CFF), Mônica Hickman (Madrid CFF), Rafaelle (Orlando Pride) e Tamires (Corinthians);
Meio-campistas: Duda Sampaio (Corinthians), Kerolin (North Carolina Courage), Luana (Corinthians), Adriana (Orlando Pride), Ana Vitória (PSG) e Ary Borges (Racing Louisville);
Atacantes: Andressa Alves (Houston Dash), Geyse (Barcelona), Nycole (Benfica), Bia Zaneratto (Palmeiras), Debinha (Kansas City Current), Gabi Nunes (Levante) e Marta (Orlando Pride).
Fonte: BdF – Foto: Agência Brasil