Fazer publicidade em aeroportos tem se tornado um negócio cada vez mais interessante para o mercado. Foram 117 milhões de passageiros circulando em 2018 e a maior parte deles passando, ao menos, 1 ou 2 horas esperando o seu voo. Ou seja, temos uma mídia que está se tornando massiva e que oferece um tempo elevado de exposição de um anúncio para o público.

Ao mesmo tempo, trata-se de uma mídia segmentada, especialmente entre os consumidores corporativos, turistas e de maior poder aquisitivo, os seus espaços costumam ser muito disputados pelos anunciantes — que procuram ter uma cobertura alta para um público-alvo mais restrito.

Por isso, resolvemos passar um breve panorama sobre a publicidade nos aeroportos mais movimentados do país. Falaremos sobre o perfil do público, formatos disponíveis e estimativas de preço para algumas dessas mídias.

Mídia aeroportuária em São Paulo

A maior cidade do país também abriga os dois aeroportos mais movimentados. Em média, são mais de 3 milhões de passageiros por mês em Guarulhos (GRU) e quase 2 milhões por mês em Congonhas (CGH).

O de Congonhas, aliás, é o que recebe o maior trânsito de executivos, sendo um espaço mais propício para marcas B2B. A maioria dos passageiros desembarcam ou embarcam rumo ao Rio de Janeiro, BH, Porto Alegre ou Brasília.

O público do aeroporto de Guarulhos já é mais variado e atende muitos passageiros que também viajam a lazer, que, inclusive, são a maioria. Os destinos mais comuns são o Rio de Janeiro, BH, Brasília, Curitiba, Buenos Aires, Santiago, Paris, Madrid, Lisboa e destinos em quase todos os cantos do mundo.

Por lá, pode-se destacar a grande oferta de pontos de mídia. Ao todo, são 450 espaços publicitários, com a maioria deles composta por faces digitais.

São dezenas de formatos espalhados por áreas como saguões, portas de acesso, praças de alimentação, corredores, fingers (aquelas pontes de embarque/desembarque), business lounges, áreas de embarque e desembarque, estacionamentos e em vias de acesso aos aeroportos. Entre eles, destacam-se:

• Painéis digitais;
• Video Walls;
• Dominações de escadas rolantes;
• Testeiras;
• Adesivações de colunas;
• Lightboxes.

O preço médio dos formatos, no valor tabela, costuma variar entre R$ 100 mil e R$ 350 mil por mês tanto em Congonhas quanto em Guarulhos. No entanto, existem exceções, como painéis de parede na área de desembarque (CGH), que custam abaixo de R$ 50 mil por mês e outros, como a adesivação interna e externa de 22 pontes de embarque/desembarque (GRU), que ultrapassam a bagatela de R$ 1 milhão por mês.

Mídia aeroportuária no Rio de Janeiro

Na cidade maravilhosa, a publicidade em aeroportos pode ser explorada no Galeão (GIG) e no Santos Dumont (SDU), respectivamente, o quarto e o sexto aeroportos mais movimentados do Brasil.

O Galeão é o aeroporto que mais recebe voos domésticos no Rio (especialmente para São Paulo, BH, Brasília, Florianópolis, Curitiba, Salvador e demais capitais). Desse público, 33% viaja a trabalho — 15% a mais do que a média dos passageiros corporativos nos voos internacionais (a maioria indo para América Latina, EUA e capitais europeias). Por lá, 58% dos passageiros pertencem às classes A e B. Entre as profissões, 56% são executivos.

No Santos Dumont, há uma média de 750 mil passageiros por mês, e grande parte deles transita pela ponte aérea Rio-São Paulo, a 4ª mais movimentada do mundo. O público corporativo também é muito presente, até pela proximidade do aeroporto com a zona portuária e o centro da capital fluminense. 

Há mídia disponível nos corredores e portas de entrada, saguões de embarque e desembarque, área dos balcões de check-in, escadas rolantes, fingers e demais áreas públicas e restritas.

Alguns dos formatos são:

• Totens digitais;
• Conjunto de monitores;
• Tapumes adesivados;
• Carrossel adesivado em esteiras de bagagem;
• Painéis backlight;
• Carrinhos de bagagem.

Quase todos os formatos possuem veiculação mínima de 1 mês e seus valores, no preço tabela, circulam entre R$ 50 mil e R$ 250 mil — sem contar o valor de produção/instalação. Claro que esses preços podem ser maiores ou menores de acordo com a cobertura, o tamanho e a negociação por aquele formato.

Anúncio em monitor da campanha da IPEMED com a NOALVO no Santos Dumont

Mídia aeroportuária em Brasília 

O aeroporto internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek (BSB) é o terceiro mais movimentado do país. Foram 17 milhões de passageiros em 2018, o que dá uma média mensal de 1.5 milhão de pessoas sendo transportadas

BSB também é considerado o maior hub doméstico do Brasil e possui a pista com maior capacidade do país, operando mais de um voo por minuto. Seus passageiros costumam ir ou chegar de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Recife, Porto Alegre, Miami, Buenos Aires e para quase todas as capitais brasileiras.

O aeroporto está localizado na cidade com a segunda maior renda per capita do país (entre as capitais), no quarto município mais populoso do Brasil e que recebe pessoas de todos os estados e de dezenas de diferentes países (até pelas 128 embaixadas na capital federal).

O passageiro que frequenta BSB é, em sua maioria, das classes A e B (89%) e com algum diploma universitário (63%). Eles passam, em média, 2 horas esperando os seus voos.

As mídias estão espalhadas pelo saguão de check-in, áreas de segurança, salões de embarque e desembarque, área VIP, píer sul, píer norte, corredores, conectores, escadas rolantes, área de imigração, espaços públicos e até nas caixas d’água localizadas na via de acesso ao aeroporto. 

Há dezenas de formatos disponíveis, mas vamos destacar alguns deles:

• Welcome banners (que são banners gigantes suspensos no saguão de check-in);
• Sequência de vidros adesivados;
• Dominação de corredores;
• Lightboxes dupla face;
• Telas digitais dupla face;
• Painéis de led;
• Power Poles (que são aqueles totens carregadores de celular).

Os preços de veiculação giram em torno de 100 mil a 300 mil reais por mês no valor tabela, que é o tempo mínimo de exibição dos anúncios. Os formatos digitais costumam ter preços mais atrativos, com alguns conjuntos de tela podendo custar R$ 80 mil ou menos.

Os formatos mais caros são os que possuem as maiores dimensões, audiências e visibilidade. Os preços podem variar de acordo com a negociação e o volume de mídia comprado.

Saguão de embarque e desembarque do Aeroporto de Brasília. Fonte: Aeroporto de Brasília | Linha do Tempo

Mídia aeroportuária em Belo Horizonte

O aeroporto internacional Tancredo Neves (CNF), em Confins/BH, recebeu, ao longo de 2018, pouco mais de 10 milhões de passageiros, e é o quinto mais movimentado do Brasil.

É a principal porta de entrada aérea do estado de Minas Gerais, conectando sua capital a mais de 40 destinos domésticos e estrangeiros. Suas principais rotas trazem e levam passageiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Goiânia, Salvador, Recife, Lisboa e outras cidades do interior mineiro.

O aeroporto possui localização estratégica, fazendo parte do eixo SP-BH-RJ. Essas cidades concentram 65% do poder de consumo do Brasil e a 5ª maior base industrial da América Latina.

Os principais formatos de publicidade no aeroporto de Belo Horizonte são:

• Conjunto de monitores
• Vídeo Walls
• Testeiras digitais
• Painéis de parede
• Mega Painéis
• Painéis de led sequenciais nas colunas do saguão de entrada dos terminais.

Os preços de veiculação por face, no valor tabela, saem da casa dos R$ 20 mil e vão até R$ 80 mil por mês, que é o tempo mínimo de exibição – e sem considerar o valor de produção, ok? Para projetos especiais, como adesivação de pontes de embarque, os valores podem chegar a 140 mil reais.

Corredores e lojas no Aeroporto Internacional de Confins. Fonte: Aeroporto Internacional de Belo Horizonte | Linha do Tempo

Mídia aeroportuária em Campinas

Voltamos ao estado de São Paulo para falar sobre Campinas, que tem o sétimo aeroporto mais movimentado do país. Viracopos (VCP) recebeu, segundo a ANAC, em 2018, 8.7 milhões de passageiros, o que dá uma média de 725 mil passageiros por mês.

Em relação ao seu público, praticamente 3 em cada 4 passageiros tem entre 26 e 54 anos. Assim como a média dos outros aeroportos, Viracopos também recebe uma grande quantidade (65%) de passageiros com ensino superior completo, além de empresários, executivos e formadores de opinião.

Entre suas principais rotas, estão o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Buenos Aires.

Sua localização também é bastante estratégica, já que fica a 1 hora da capital da paulista e está presente no maior centro econômico do país fora das capitais.

Os formatos de mídia em Viracopos mais vistos são:

• Adesivação de portas, vidros, esteiras e paredes;
• Testeiras;
• Totens digitais;
• Monitores sobre totens de check-in;
• Envelopamento externo de elevadores;
• Ações promocionais nos saguões do aeroporto.

Da lista de aeroportos citados neste texto, o de Campinas é o que possui os valores mais em conta. O preço de veiculação mensal, que é o tempo mínimo, varia de 10 mil a 50 mil reais no valor tabela.

Um detalhe importante é que esses preços menores, muitas vezes, é para apenas uma face de mídia, como uma adesivação de parede no acesso à sala de embarque. Logo, para atingir maiores coberturas no aeroporto, você e seu planejador terão que pensar em um mix que gere um maior alcance (o que pode acarretar em mais dinheiro investido).

Saguão de check-in do aeroporto de Campinas/SP. Fonte: Aeroporto Internacional de Viracopos | Institucional

Conclusão: Em quais aeroportos anunciar?

Olhando para os aeroportos analisados, vemos que a oferta de mídia em si é muito parecida. O mesmo vale para os perfis dos passageiros, compostos, em sua maioria, por pessoas graduadas, viajantes de negócio e turistas para voos internacionais.

Por outro lado, vemos que os preços, rotas e contextos regionais de cada aeroporto têm diferenças importantes. 

Por exemplo, nessa questão da localização, a empresa que quer anunciar em Congonhas sabe que estará impactando um público que fará apenas voos domésticos, com grandes chances de ser a ponte aérea para o Rio de Janeiro, e que estará rodeado pela cidade. São mídias e audiências com uma influência urbana e uma proximidade com pontos de venda maiores do que em um aeroporto mais isolado, como é o caso de Confins/MG.

Além disso, há a questão do preço, que tem uma boa dose de relatividade, visto que os aeroportos mais caros são os que alcançam mais pessoas e/ou que impactam mais essas mesmas pessoas. Então, vale abrir o olho para o CPM e até mesmo o GRP das mídias nesses terminais.

São fatores que, muitas vezes, vão te orientar sobre decidir anunciar em aeroporto e em qual seguir com as suas campanhas.

Se você quiser uma força para anunciar em aeroportos de forma menos complexa e mais inteligente, entre em contato conosco.