A Hungria pediu nesta quinta-feira ajuda "progressiva" da União Europeia para ajudar a transportar os grãos da Ucrânia através de países da Europa Central cujos agricultores estão tendo que competir com suas importações mais baratas, segundo informações da agência de notícias Reuters. O ministro da Agricultura, Istvan Nagy, se reuniu com seu colega ucraniano depois que a Hungria proibiu as importações de mel e certos produtos de carne da Ucrânia, além de grãos, até 30 de junho, aumentando a pressão para ampliar as medidas propostas em toda a UE.

Nagy não disse o que significa "progressista" em termos da ajuda que a Hungria considera necessária da UE. A Comissão Europeia disse na quarta-feira que tomará "medidas preventivas" de emergência para trigo, milho, sementes de girassol e colza depois que alguns países da Europa Central tomaram medidas unilaterais para proibir as importações de produtos alimentícios da Ucrânia.

No entanto, Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia, cujos ministros participaram de conversas com o comissário europeu de Comércio Valdis Dombrovskis na quarta-feira, querem que a lista seja mais longa, incluindo produtos como leite, aves e mel. Os países se tornaram rotas de trânsito para grãos ucranianos que não podiam ser exportados pelos portos do país no Mar Negro por causa da invasão da Rússia em fevereiro do ano passado.

Os gargalos prenderam milhões de toneladas de grãos nos países que fazem fronteira com a Ucrânia, forçando os agricultores locais a competir com um influxo de importações ucranianas baratas. A proibição da Hungria "inclui um total de 25 produtos, sendo os mais importantes cereais, colza e sementes de girassol, farinha, óleo, mel e certos produtos à base de carne", disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Gergely Gulyas, em entrevista coletiva.