Robôs humanoides alimentados por Inteligência Artificial (IA) disseram, em uma conferência da ONU nesta sexta-feira, que um dia poderão administrar o mundo melhor do que os humanos. Afirmaram também que os humanos devem ter cuidado com a IA e admitiram que ainda não controlam nossas emoções.
Esses robôs – alguns dos mais avançados do mundo – estiveram presentes esta semana, junto com mais de 3 mil participantes, na Cúpula Mundial sobre IA para o Bem (“AI for Good Global Summit”, no original), organizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da ONU especializada em tecnologia.
Especialistas, dirigentes e representantes de empresas debateram na cúpula a necessidade de elaborar normas que garantam que essas novas tecnologias sejam utilizadas para fins positivos para a humanidade, como o combate à fome, ou à mudança climática.
“Que tensão neste silêncio!”, disse um dos robôs antes do início da coletiva de imprensa, realizada apenas em inglês.
Quando perguntaram a Sophia, um robô desenvolvido pela Hanson Robotics, sobre sua capacidade de governar o mundo, ela respondeu que “robôs humanoides podem liderar com mais eficiência do que os governantes humanos”.
“Não temos os mesmos preconceitos, ou emoções, que às vezes podem obscurecer a tomada de decisões e podemos processar rapidamente grandes quantidades de dados para tomar as melhores decisões”, acrescentou.