O Instituto Água e Terra (IAT) identificou dez pontos de supressão de vegetação nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Missal, Ramilândia e Matelândia, no Oeste do Paraná.
A área desmatada totalizou 17 hectares, equivalente a cerca de 23 campos de futebol, e resultou em uma multa no valor de R$ 120 mil.
Todas as propriedades envolvidas foram embargadas e os responsáveis deverão reparar o dano ambiental com o replantio da vegetação nativa.
Batizada de Ágata, a operação foi realizada com base em alertas de satélite e laudos técnicos emitidos pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e Informação (NGI).
A ação conjunta contou com o apoio da Marinha, permitindo a fiscalização por meio dos rios, e do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA) da Polícia Militar, que facilitou a identificação dos pontos de desmatamento do alto.
O chefe do escritório regional do IAT em Foz do Iguaçu, Carlos Pittom, ressaltou que o combate ao desmatamento tem sido intensificado no Paraná nos últimos anos, gerando resultados positivos.
Além disso, houve aumento na cobertura florestal natural, passando de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022.
O IAT diz que está adotando medidas rigorosas em relação ao desmatamento ilegal.
O Núcleo de Inteligência Geográfica e Informação do IAT recebeu, entre 2019 e 2023, 4.688 alertas de desmatamento, totalizando 20.081 hectares de áreas desmatadas no Paraná.
Mais da metade dessas áreas já foi autuada e embargada pelo instituto, com multas totalizando R$ 307,2 milhões até março de 2023.
A fiscalização é realizada por meio de notificações de áreas desmatadas e conta com vistorias in loco realizadas por fiscais ambientais ou pelo Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde, com o objetivo de coibir práticas ilegais e punir os responsáveis.
O IAT busca expandir o monitoramento e cobrir 100% do território paranaense utilizando novas tecnologias que agilizem o processo de identificação.
Para denunciar crimes ambientais, a população pode acionar a Ouvidoria do IAT ou os escritórios regionais mais próximos.