Em 11 de setembro de 2015, um ônibus com estudantes da Escola Waldorf Rudolf Steiner, em São Paulo, seguiu em direção a uma fazenda no interior do Estado. Os jovens passariam uma semana na área rural.
Entre os alunos estava Victoria Mafra Natalini, de 17 anos, descrita por familiares como estudiosa e apaixonada por arte. Na viagem escolar, a jovem contava os dias para um momento especial: quando voltasse para casa, ela iria a Porto Alegre (RS) para assistir ao show da sua banda preferida, o Queen.
Mas aquela atividade escolar foi a última viagem da vida dela. A jovem nunca assistiu à apresentação musical que tanto esperava.
Victoria foi encontrada morta dias depois de chegar à fazenda. O caso virou uma investigação policial que foi arquivada. É um mistério que dura quase uma década.
A família da jovem cobra uma resposta e até contratou especialistas para uma investigação particular, o que foi fundamental para descobrir que ela não morreu por causas naturais. “Estou fazendo o papel de polícia e do Estado há oito anos”, afirma o pai de Victoria, o engenheiro mecânico João Carlos Natalini, de 58 anos.