A guerra na Faixa de Gaza reflete-se cada vez mais no outro território palestino: a Cisjordânia.
Um total de 122 palestinos morreram de forma violenta na Cisjordânia desde o início do conflito, em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina responsável por esta região de 5.600 km² (equivalente à área do Distrito Federal do Brasil), onde vivem quase três milhões de pessoas.
A maior parte das mortes ocorreu em ataques das forças israelenses contra supostos membros do Hamas e da Jihad Islâmica — ambas organizações são consideradas grupos terroristas pelos Estados Unidos e pela União Europeia — embora também sejam frequentes os confrontos entre civis de ambos os lados.
O ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, no qual membros desta organização mataram 1,4 mil pessoas e raptaram mais de 220, gerou uma dura resposta de Israel, que iniciou uma campanha de bombardeamentos em Gaza que já matou mais de 8 mil pessoas.
E isso gera uma repercussão na Cisjordânia, onde a guerra intensifica a tensão: segundo as Nações Unidas, de janeiro até o início de outubro, cerca de 179 palestinos morreram em incidentes violentos. O ano de 2023 já é o mais mortal no território em duas décadas.