Quase uma semana após um ataque de drone na Jordânia ter matado três soldados dos Estados Unidos, Washington lançou nesta sexta-feira (2/2) os primeiros ataques de retaliação contra milícias apoiadas pelo Irã.
Os EUA atacaram a Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) e milícias afiliadas no Iraque e na Síria, em sete locais no total. Os bombardeiros atingiram 85 alvos individuais, segundo autoridades de defesa americanas.
Ataques eram esperados há vários dias – e o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, começou a enfrentar questionamentos e críticas dos adversários do Partido Republicano sobre o momento e a contundência da resposta do país.
Especialistas em política externa, no entanto, apontam que a abordagem permitiu ao Irã retirar pessoal, evitando potencialmente um conflito mais amplo entre EUA e Irã na região.
"Isso permitiria degradar a capacidade dessas milícias apoiadas pelo Irã para atacar as forças dos EUA, mas sem escalar", disse à BBC Mick Mulroy, antigo vice-secretário adjunto da Defesa dos EUA para o Médio Oriente. "Embora provavelmente não seja um impedimento para ataques futuros."