O G7, grupo das principais potências ocidentais, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá, se reuniu ontem (24), em videoconferência, com o presidente ucraniano para marcar o segundo aniversário da invasão russa ao território vizinho.
"Nos reunimos com o presidente Volodymyr Zelensky para reafirmar nosso apoio inabalável à Ucrânia e saudar, mais uma vez, a coragem e a resiliência do povo ucraniano, que tem lutado incansavelmente por sua liberdade e pelo futuro democrático da Ucrânia", informou comunicado emitido pela cúpula.
Os países se comprometeram a continuar a apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa por meio da celebração e da implementação de acordos bilaterais de segurança, e a manter o trabalho junto a instituições financeiras internacionais e a investidores privados. "Ajudaremos a Ucrânia a suprir suas necessidades urgentes de financiamento e ajudaremos outros países vulneráveis, gravemente afetados pelos impactos da guerra da Rússia."
Durante a reunião virtual, presidida pela Itália, as potências ocidentais apelaram a Moscou para que cesse imediatamente suas investidas e retire suas forças militares do "território internacionalmente reconhecido da Ucrânia."
Além disso, o grupo examinou uma nova rodada de sanções. "Continuaremos fazendo aumentar o preço da guerra para a Rússia, reduzindo suas fontes de receita e impedindo seus esforços de construir seu maquinário bélico, como demonstram os pacotes de sanções que aprovamos recentemente", afirmou o comunicado. "Iremos impor sanções adicionais a empresas e indivíduos em países terceiros que ajudem a Rússia a adquirir armas ou insumos essenciais para armas", continuou a nota.
O G7 também se posicionou contrário à realização de eleições russas em territórios ucranianos, declarando não reconhecer seus possíveis resultados. A Rússia pretende realizar votações na Ucrânia para as suas eleições presidenciais, marcadas para meados de março.
Zelensky instou as potências aliadas a entregarem "a tempo" a ajuda militar de que Kiev precisa para fazer frente à ofensiva de Moscou. A Ucrânia está fragilizada pelo bloqueio da ajuda americana de 60 bilhões de dólares (R$ 299 bilhões), devido a disputas entre democratas e republicanos no Congresso americano.
"Vocês sabem muito bem do que necessitamos para proteger nossos céus, para reforçar nosso Exército terrestre, para apoiar e continuar nossos êxitos no mar", declarou.
O grupo pediu "a aprovação de ajuda adicional para atender às necessidades orçamentárias restantes da Ucrânia em 2024", sem, contudo, mencionar explicitamente o bloqueio dos Estados Unidos.