Por volta de 2h desta segunda-feira (29/7), no horário de Brasília, a ex-deputada opositora María Corina Machado e o candidato à presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, fizeram uma declaração à imprensa.
María Corina foi enfática ao se dirigir às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas. "É dever das Forças Armadas fazer respeitar a soberania popular", lembrou Machado, inabilitada politicamente e impedida de disputar as eleições. "Isso é o que esperamos. Não vamos aceitar a chantagem de que a defesa da verdade é a violência."
Corina assegurou que o povo venezuelano havia derrotado Maduro nos âmbitos moral e espiritual. "Agora, nós o derrotamos nas urnas", assegurou. Durante a jornada eleitoral deste domingo (28), a oposição denunciou uma série de irregularidades, como a extensão do horário de funcionamento das seções eleitorais, a retenção das atas de votação e a expulsão de fiscais das seções eleitorais. Pesquisas de boca de urna apontavam uma vitória de Edmundo González com 65% dos votos.
A ex-deputada também rejeita a vitória de Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela. "Ganhamos com 70%", disse ela.
Em um dia marcado por tensão e denúncias de irregularidades, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela anunciou a vitória do presidente Nicolás Maduro. Alinhado politicamente com o candidato chavista, o órgão informou que o chavista obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do candidato de oposição, Edmundo González.