O veículo de comunicação russo independente Mediazona, em colaboração com o serviço russo da BBC, informou neste sábado (31/8) ter identificado mais de 66 mil soldados russos mortos desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A sua contagem, publicada em investigação conjunta e atualizada em 30 de agosto de 2024, baseia-se na compilação de informações procedentes de fontes como declarações oficiais, publicações nos meios de comunicação social e redes sociais, assim como na observação de sepulturas em cemitérios.
"Em 30 de agosto, sabíamos os nomes de 66.471 soldados russos mortos na guerra", disse Mediazona em comunicado no Telegram.
Em meados de abril, estes veículos afirmaram ter identificado mais de 50.000 soldados russos mortos na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. Ambos alertam que a sua contagem não pretende ser exaustiva.
No final de fevereiro, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky estimou em 31 mil o número de soldados ucranianos mortos. O Exército russo reporta muito raramente as suas perdas militares e estes números são amplamente considerados subestimados.
O Kremlin invoca "a lei sobre segredos de Estado" e o "regime especial" para justificar a falta de comunicação oficial sobre as perdas militares russas.
No início de junho, questionado sobre o assunto durante uma reunião com agências de imprensa internacionais, o presidente russo, Vladimir Putin, recusou-se a fornecer números sobre as perdas russas na Ucrânia, afirmando apenas que eram "inferiores" às perdas ucranianas numa "proporção de um para cinco".
Em agosto de 2023, o jornal americano The New York Times, citando autoridades americanas, avaliou as perdas militares russas em 120 mil mortos.