Menos de dois meses depois de ser declarado inelegível por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viu se abrirem, nesta semana, novas crises ligadas a duas grandes investigações que o citam como figura central.
Na primeira investigação, a Polícia Federal apura um suposto "esquema", nas palavras do Supremo Tribunal Federal (STF), de venda ilegal de joias dadas como presentes ao governo brasileiro.
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), estes presentes deveriam ser encaminhados ao acervo da União, e não negociados para enriquecimento pessoal do ex-presidente ou pessoas próximas.
Na segunda investigação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos de 8 de janeiro a favor de Bolsonaro debateu nos últimos dias o suposto envolvimento direto do ex-presidente em propostas de acobertamento de crimes, sabotagem de urnas e do sistema eleitoral brasileiro.
Ao longo desta semana, a situação jurídica de Bolsonaro se agravou, na avaliação de professores de Direito ouvidos pela reportagem, com novas operações judiciais, depoimentos e confissões de rivais e aliados próximos.