Ricardo Cappelli, ministro da Justiça em exercício, avaliou, nesta quinta-feira (4/1), que o plano revelado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, demonstra “a gravidade do que estava em curso no Brasil”. Segundo o magistrado, golpistas que participaram dos atos em 8 de janeiro de 2023 pretendiam prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes.
“[É] Gravíssimo, inaceitável tentarem, sequer cogitarem atentar contra a vida de um ministro da Suprema Corte do Brasil. A postura do Supremo Tribunal Federal tem sido decisiva, firme, enérgica na resposta aos que cometeram esses crimes contra o Brasil. E essa posição nos dá a tranquilidade de que jamais o que aconteceu voltará a acontecer, porque estabeleceu um limite claro que não pode ser ultrapassado”, observou Cappelli.
Diversos governadores mais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já informaram que não irão comparecer ao evento na capital na próxima segunda-feira. Cappelli disse, porém, desconhecer qualquer possível “boicote”. “O dia 8 não é um ato de um governo ou de outro governo, de um partido ou de outro. É um ato da democracia brasileira.”
“Não me lembro de outro ato convocado pelos chefes dos Três Poderes. É um ato pela Constituição, pela democracia, não é um ato de governo A, B ou C”, completou ele, que definiu o evento como um gesto que vai “celebrar a democracia revigorada”.